28.1.07
Save Ferris
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Saulo
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26.1.07
453 e o meu suicídio fictício
Às quase 3 da manhã, havia um trânsito dos infernos, principalmente no trecho em que os motoristas diminuíam ainda mais a velocidade para observar duas putas que estavam encostadas em uns carros estacionados; uma delas usava um vestido verde transparente, que mostrava a calcinha, na qual, por cima do vestido, ela acariciava delicadamente; a moça, se é que posso assim dizer, não parecia ser um traveco e não era daquelas putas capengas - era um tanto quanto gostosa e, na verdade, até bonita. Aí imaginei por que diabos ela era puta, por que raios essa mulher bonita ficava esfregando a mão na calcinha em plena Augusta - poderia ao menos estar em um "puteiro cinco estrelas" -, depois imaginei que a Augusta talvez daria mais lucro: provavelmente trabalhando na rua ela eliminasse terceiros; depois, ainda, me dei conta que não entendo nada de putas.
Seguindo para casa, passei pela Vila Madalena, por uma rua em que havia muita gente "mãe, quero ser rua Augusta". Não que a Augusta tenha apenas um esteriotipado tipo de pessoa - ao contrário, lá a diversidade étnica/sexual/tribal, que seja, impera -, mas, apesar de eu adorar a Vila, havia umas pessoas estilo "rua Augusta apagada" que, inclusive, atrapalhavam a passagem de meu auto pela rua (fato que desconfio ter despertado minha ira e ter tecido esses comentários ácidos sobre tais pessoas). E isso porque eu estava por lá simplesmente à procura de um café; havia me dado uma vontade fodida de beber café (não que eu seja amante da bebida ou coisa que o valha, mas deve ter sido porque minha irmã alugou a segunda temporada de Gilmore Girls e aquelas garotas, não sei o que dá nelas, bebem mais café em um dia do que as mijadas que dão durante a vida toda).
São Paulo ser chamada a cidade que não dorme pode ser exagero, mas talvez também seja exagero um cara querer tomar café às 3h da madrugada e procurar por uma cafeteria aberta. Sim, tinha a Frans Café 24h, mas, no fim, fiquei com preguiça (talvez por estar sozinho) de parar, e preferi comprar Nescafé no Pão de Açúcar, também 24h. Acho que esses vinte e quatro horas são a salvação de pessoas como eu que, por ideologia (ridícula que seja)/gosto/costume/doença/amores mal resolvidos, não dormem nos horários convencionas. Acho que o fato de eu olhar para as janelas de quase todos os prédios por que passo em frente durante a madrugada para saber quantas janelas têm luzes acesas é uma forma de me sentir mais incluído na sociedade/na cidade/no planeta Terra. Acho que no dia que eu não vir nenhuma janela acesa, podem ter certeza de que meu suicídio estará próximo. Mas São Paulo, a cidade que (quase) não dorme, nunca terá luzes apagadas, e, dessa forma, ela - a cidade - salvará minha vida! Talvez me achem dramático ou essa história de suicídio um extremo exagero meu, um transeunte-motorista-all-nighter que vaga pela metrópole de madrugada. Mas São Paulo é a cidade do exagero: da cratera imensa na obra do metrô, dos gigantes espigões na Paulista, das filas quilométricas das marginais e do Cinemark! Então, deixe-me ser exagerado também, porra.
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Saulo
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06:10
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22.1.07
Sobre amigos, quilos e dadaísmos
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Saulo
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13.1.07
Whisky
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Saulo
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11.1.07
Sobre o momento
Preciso andar me metrô, ver rostos e flashes urbanos.
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Saulo
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14:35
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10.1.07
Fragmentos de férias anteriores
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Saulo
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9.1.07
Rebouças em trajes de gala

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Saulo
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03:29
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5.1.07
Ângulo
Hoje, cinco de janeiro, pela última vez: cheguei atrasado, tomei no copo descartável aquele café de um real (dessa vez com açúcar, muito açúcar), ouvi aquele sinal estridente, mijei no mictório do banheiro da lanchonete, deixei o carro no estacionamento de solo pedregoso, atravessei a Consolação, esperei o semáforo com a Paulista esverdear e... Haverão, haverão outras vezes em que beberei um mísero café em copo de plástico ou botarei meus tênis na rua da Consolação, mas aquelas foram as últimas, últimas porque as outras vezes farão parte de um não-sei-o-quê.
Eis o verdadeiro ritual de passagem.
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Saulo
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19:45
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3.1.07
Traquinagens
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Saulo
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23:53
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Para constar
OBS: as "últimas" do ano (vide post anterior) foram: uma bala doce demais, alguma música que não lembro qual e "essa é a minha hora e a minha vez" (acredite!).
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Saulo
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