27.2.09

toc, toc

o código é ao acordar
e o passar do dia com a foto na cabeça
e dizer, para si mesmo, que tem tantos planos
só planos. e planos. e planos
e passar as horas pesquisando. como escavar uma parte da vida
faço um pouco disso nos encontros
só poucos grãos
me diz o que é
me diz.

9.2.09

pré-carnaval

ele precisa cortar os cabelos. talvez no meio da semana isso vai ser possível, entre um intervalo e outro. e, quem sabe, sobre um tempinho para o almoço - que dizem ser fresco, gostosinho - por menos de vinte reais. mas aí ele vai ter que correr, não só na esteira, mas na cidade, mesmo que dentro do carro, para chegar a tempo, tanto no bairro do João como no bairro do Léo. no fim de semana, ele espera, vai poder comprar o roteador do notebook, tão necessário para usar em casa pra lá e cá; planejou, nesse dia, comer uma feijoada, nem precisava ser lá no centro, mas necessitava ser gostosa. mas o francês atrapalhou seus planos. talvez ele arranje nova companhia para comprar e comer neste sábado, mas, pelo que parece, caminhará sozinho pelos centros - velho e novo. falta também ir até a livraria Martins Fontes, lá na Paulista, comprar livro de espanhol. e que vontade de voltar a estudar espanhol e fazer todos os exercícios de antes da unidade 7, que, em tese, ele sabe. pelo menos é o que pensam.

2.2.09

das teorias

me fazem falta. eu fujo, me atenho e esqueço.

tênis esportivos

quando tiro, é difícil encontrá-los

eu gostaria de me confundir e sair ele, ela, eles, elas, tantos, sem me esquecer como esqueço de tantos eles/elas nessa vida de palavras que vem, parecem ficar, mas viajam longe e quase nunca voltam. eu poderia marcar nos cantos, fazer riscos sob os itens, grifar, transcrever, cortar e colar, mas nem sempre é tão fácil, que eu deixo levar, ir, feito vento, feito viagem longa, igual a das palavras, que a vida continua. e seria melhor parar de confundir mesmo, porque às vezes ser é sair, e então muda tudo.